A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO
A leitura é
importante em todos os níveis educacionais. Portanto, deve ser iniciada
no período de alfabetização e continuar-nos diferentes graus de ensino.
Ela constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer idade. A
leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento. Está
intimamente ligada ao sucesso do ser que aprende. Permite ao homem
situar-se com os outros. Possibilita a aquisição de diferentes pontos de
vista e alargamento de experiências. É também um recurso para combater a
massificação executada principalmente pela televisão. Para ele, o livro
é ainda um importante veículo para a criação, transmissão e
transformação da cultura. A prática da leitura se faz presente em nossas
vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa
volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das
coisas que nos cercam, de perceber o mundo sobre diversas perspectivas,
de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um
livro, enfim, em todos estes casos estamos de certa forma, lendo -
embora, muitas vezes, não nos demos conta.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de
símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê.
O ato de ler é imprescindível ao indivíduo, pois proporciona a inserção
do mesmo no meio social e o caracteriza como cidadão participante. A
criança aprende a ler antes mesmo de entrar na escola, nas situações
familiares.
Nos primeiros anos de escolarização o discente precisa ser incentivado e
instigado a ler, de modo que se torne um leitor autônomo e criativo.
Cabe ao professor proporcionar momentos de leitura significativa,
incentivando a formação do indivíduo crítico e reflexivo. Ela
proporciona a descoberta do mundo da leitura, um mundo totalmente novo e
fascinante. Entretanto, a sua apresentação à criança deve ser feita de
forma atrativa, estabelecendo uma visão prazerosa sobre a mesma, de modo
que torne um hábito contínuo. A leitura desenvolve a capacidade
intelectual do indivíduo devendo fazer parte de seu cotidiano e
desenvolvendo a criatividade e a sua relação com o meio externo.
A criança que faz parte do universo da leitura é ativa e está sempre
pronta a desenvolver novas habilidades, ao contrário daquelas que não
possuem contato com esse universo, pois esta se prende dentro de si
mesma com “medo” de tudo que a cerca.
No entanto nossas experiências vivenciadas em leitura na nossa vida
escolar e nas situações familiares, desde as series iniciais até os dias
atuais. Quanto a minha alfabetização não foi fácil, com sete anos de
idade iniciei os meus estudos na alfabetização a minha série tinha vinte
e cinco alunos, nessa época tinha que auxiliar estudos e cuidar dos
irmãos mais novos, pois meus pais tinha que ir para o campo trabalhar,
mas a professora era muito observadora compreendia a minha situação,
pois às vezes chegava atrasada e me deixava entrar, desenhei, pintei e
cobrir as vogais e alfabeto passei de ano, na primeira série mudou de
professora essa era muito carinhosa e dedicada ao trabalho, nos chamava
no quadro para toma lição do alfabeto, as famílias das sílabas e
iniciamos a escrever nosso nome. Na segunda série tudo o que já sabia
ler e escrever acabei esquecendo a professora era muito agressiva tudo
era na base do beliscão e da sabatina, isso dificultava no desempenho da
minha aprendizagem. A preocupação em ensinar o código alfabético não
era tão presente quanto o objetivo de desenvolver a compreensão da
leitura. Atualmente, o trabalho com família silábica é criticado, porém
não é o único responsável pelo mau desempenho dos alunos, pois ainda que
com a sua não utilização no processo de ensino e aprendizagem, há um
grande número de crianças e adolescentes com dificuldades na leitura e
escrita. Pode-se afirmar que o problema não se encontra somente na
estratégia utilizada, mas é resultado de uma série de fatores como:
falta descontextualizarão dos temas trabalhados, imposição de políticas
públicas, falta de preparo de alguns profissionais para lidarem com a
mudança, entre outros. Mas como se não bastasse a minha professora na
época tinha preconceito, pois só podia fazer leitura no quadro os filhos
de funcionário da escola e quem os pais tinham condições financeiras,
ou seja, tinha gado no campo, e os meus pais são lavrador não se
dispunha desses requisitos, no entanto não me prontificava para leitura
se não levava beliscões. Não tive acesso a muitos livros na infância.
Meus pais não liam histórias para mim, pois eles não sabiam ler e nem
escreve mal assinava o nome, as histórias que ouvia era dos avos que
contavam suas histórias sobre o seu passado, o dia-a-dia, e muitas delas
inventadas por eles, pois também não sabiam ler, mas era história tão
interessante que ficava o tempo todo atenta acordada esperando o final
da história, e na minha escola não tinha biblioteca. No entanto não
posso dizer que tive incentivo em casa sobre leitura. Da terceira para a
quarta série foram com a mesma professora os três anos seguidos, a
professora era muito rígida, na hora da leitura chamava no quadro se não
soubesse a palmatória já estava na mesa à espera, era como um tipo de
castigo, eu já não sabia se pensava na leitura ou na palmatória. A
concepção de leitura era feita através de decoreba, repetição, não tinha
significado das palavras, e nem entendimento do texto. Mais passei de
ano. Com toda aflição, mas me recordo da minha primeira lição que tinha
como titulo “Meu Cavalinho”, Meu cavalinho marinho meu cavalinho alazão
fique aqui nesse cantinho enquanto faço a lição. Como me sentir feliz
descobrindo novas palavras e conseguindo ler sozinha. Da quinta série
ate o oitavo, havia aula de leitura naquele tempo. A professora chegava à
classe toda abria o livro na página indicada, o primeiro da fila
começava a ler e, quando o professor dizia "adiante!", o próximo da fila
tinha que fica atento acompanhando a leitura se estivesse distraído e
perdesse onde o colega parou, era chamado de tapado e burro e levava
beliscões. E essa leitura seguia assim, cadeira por cadeira, do
princípio ao fim da turma, lia mais com medo de erra, ate hoje tenho
trauma de ler para muita gente, sendo para fala o entendimento do texto
não tenho nenhum receio.
Enfim, cabe ao educador fazer a diferença, como a gente aprende a
escrever lendo, da mesma forma que aprende a falar ouvindo, o resultado
era quando necessário escrever um bilhete, uma carta nós, os meninos, o
fazíamos naturalmente, ao contrário do que se faz hoje. E havia também
os ditados aprendi a interpretar, e observei que tinha colegas com as
mesmas dificuldades e isso não me fez desistir. Já do primeiro ano ao
terceiro do segundo grau, as dificuldades em leituras diminuíram leio
mais. Hoje cursando licenciatura em pedagogia, insegura mais leio para
apresentação dos meus trabalhos e leio para melhorar meu aprendizado, e
não pensando em desistir e sim pensando na pós-graduação.
Segundo Freire (1982), uma vez que a leitura é apresentada a criança ela
deve ser minuciosamente decifrada, trabalhada, pois na maioria das
vezes as crianças têm um contato imediato com a palavra, mas a
compreensão da mesma não existiu. Para tanto se faz necessário
apresentar o que foi descrito por tal palavra, de forma que esse objeto
proporcione sentido a ela, pois dessa maneira a busca e o gosto pelo
mundo das palavras, isto é, da leitura e da escrita, se intensifica.
Logo, a leitura ganha vida e a criança adquire o hábito de sua prática.
REFERÊNCIA.
FREIRE, P. A importância do Ato de ler: em três artigos que se
completam.
São Paulo: Cortez, 1982. 96
Este blog é um espaço destinado a educadores brasileiros que trabalham direta ou indiretamente com a Educação Infantil e tem como principal objetivo atuar como um ambiente de divulgação e discussão de ferramentas pedagógicas que auxiliem a prática dos educadores que lidam diariamente com nossas fascinantes crianças...
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Uma iniciativa das alunas: Maria Santana Neri; Ana Karlas Pereira e Kelly Couto e demais alunos do curso de Pedagogia da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, Unidade educativa de Brejões, Estado da Bahia.
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